O pré-candidato ao Senado
pela frente de oposição “Pernambuco Vai Mudar”, senador Armando Monteiro (PTB),
voltou a criticar a falta de pulso do governador Paulo Câmara no combate à
violência no Estado. “Falta atitude, falta voz, falta pulso firme. Pernambuco
vive dominado pelo medo e não é algo mais restrito ao Recife e à Região
Metropolitana: as cidades do interior têm sido sistematicamente alvo da ação
dos bandidos”, salientou Armando.
O senador se refere à
madrugada de terror nas cidades de São Bento do Una e Santa Cruz do Capibaribe,
em que três agências bancárias foram explodidas por grupos organizados de
assaltantes fortemente armados. Em São Bento do Una, uma família chegou a ser
feita refém dos assaltantes. “Duas crianças ficaram sob a mira de um bandido.
Isso é inaceitável e tem que mudar. O Pacto pela Vida tem que ser repactuado e
não focar apenas em números, mas em eliminar o medo dos pernambucanos de vez.”
“O modus operandi dos
assaltantes é o mesmo. Eles chegam de madrugada, ateiam fogo em carros da
própria polícia, colocam grampos nas estradas para impedir a perseguição. Todo
mundo sabe como eles agem. A falta de investimento em inteligência impede que a
polícia se antecipe às ações. Isso é algo que temos que mudar”, continua
Armando.
Somente em julho,
ocorreram, segundo a imprensa, ações do gênero em seis cidades do Agreste (São
Bento do Una, Santa Cruz do Capibaribe, Lagoa dos Gatos e Surubim) e da Zona da
Mata (Quipapá e Pombos), tendo dez estabelecimentos sido explodidos.
“O pior é que essas
agências, muitas vezes, não são reabertas. Isso traz um prejuízo grande à
população, que tem que ir a outras cidades para poder sacar dinheiro ou receber
sua aposentadoria ou benefício. Sem falar nas filas gigantes que se formam nas
lotéricas, Correios e correspondentes bancários. A economia desses municípios
também perde, pois os negócios terminam sendo feitos onde os bancos estão”,
arremata.
O Ministério Público de
Pernambuco tem atuado, junto à Associação Municipalista de Pernambuco, para que
as instituições bancárias sejam reabertas, orientando os promotores a ajuizarem
ações contra os bancos. “O governo do Estado se omite duas vezes: ao não dar
segurança e ao não atuar para reabrir as agências. Isso só acontece porque esse
governo se esconde”, finaliza o senador.
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