
Para Paulo Câmara,
libertação de Lula ‘pode representar reafirmação do processo democrático’
Do JC Online
Em nota divulgada no final
da tarde deste domingo (8), o governador Paulo Câmara (PSB) defende o
ex-presidente Lula (PT) e diz que a libertação do petista “pode representar uma
reafirmação do nosso processo democrático”. O texto foi divulgado após a
batalha jurídica entre dois desembargadores federais do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4) pela soltura ou não de Lula. O ex-presidente foi condenado
a 12 anos e 1 mês de prisão em processo da Operação Lava Jato.
“O ex-presidente Lula
continua tendo o nosso respeito e a nossa solidariedade. A sua liberdade não é
uma ameaça à sociedade, como seus adversários dizem, mas pode representar uma
reafirmação do nosso processo democrático. Sempre defendi ser fundamental
aguardar o transitado e julgado, como princípio a ser respeitado por todos”,
diz o governador Paulo Câmara, em nota divulgada pelo Palácio do Campo das
Princesas.
O socialista busca o apoio
do PT na sua campanha pela reeleição, em outubro próximo.
Entenda
Pela manhã, o
desembargador federal Rogerio Favreto, que estava de plantão no TRF-4, concede
habeas corpus para soltar o ex-presidente Lula. Favreto trabalhou na Casa Civil
durante o governo Lula e foi filiado ao PT entre 2001 e 2010, antes de ser
indicado para o TRF-4 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2011.
Em despacho, o juiz
federal Sério Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, diz que o
desembargador plantonista “é autoridade absolutamente incompetente” para
conceder o habeas corpus e pede que a Polícia Federal espere por uma posição do
desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF-4.
Moro entrou de férias no último dia 02 e só volta ao trabalho em agosto.
Pela tarde, o
desembargador João Pedro Gebran Neto determinou que Lula permaneça preso e que
os autos do processo retornem imediatamente ao seu gabinete.
Depois disso, Favreto deu
nova decisão ordenando que Lula seja solto em até uma hora. No texto, ele diz
que esclareceu ao delegado da PF de plantão que tem a competência para tomar a
medida. “Eventuais descumprimentos importarão em desobediência de ordem
judicial”, escreveu. O prazo, porém, se encerrou, sem que o presidente tenha
deixado a carceragem da PF em Curitiba.
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