Preso, Adélio Bispo de
Oliveira, autor da facada no candidato à Presidência Jair Bolsonaro, falou por
11 minutos sobre o fato que chamou de "incidente". A gravação
aconteceu um dia após o ataque em Juiz de Fora (MG). Adélio, que estava calmo
durante todo o tempo, respondeu às perguntas da juíza Patrícia Alencar Teixeira
de Carvalho.
"O
incidente, o imprevisto que terminou, digamos assim, de forma problemática.
Discordâncias em certos pontos, em diferentes pontos. Seguimos assim. Não
saberia nem expressar, mas o fato ocorreu, entendeu? Houve um ferimento,
correto? Embora pretendíamos pelo menos dar uma resposta, um susto, alguma
coisa dessa natureza, entendeu? E houve, aconteceu", diz Adélio no vídeo.
Ao responder a uma
pergunta de seu advogado de defesa, Adélio afirma que cometeu o atentado por se
sentir "literalmente ameaçado" pelo candidato do PSL, e que o ataque
teve motivações políticas e religiosas.
"As
duas coisas, entendeu? Porque eu, como milhões de pessoas, pelos discursos da
pessoa referida, me sinto ameaçado literalmente, entendeu? Me sinto ameaçado
como tantos milhões de pessoas pelos discursos que o cidadão tem feito",
disse Adélio.
"Aquela
certeza de que, cedo ou tarde, ele vai cumprir aquilo que está prometendo tão
veementemente pelo país todo contra pessoas como eu exatamente",
completou, sem detalhar quais seriam essas ameaças.
Adélio também foi
perguntado sobre o tipo de medicação receitada por psiquiatras que ele já tinha
tomado.
"Bem,
eu já tomei diferentes tipos de medicamentes controlados, né? Tem um, que eu
não me recordo o nome, extremamente forte, muito pequeno, mas derruba. Não vai
mais que 15 minutos que tomou aquele comprimido, se não tiver deitado, cai mesmo,
extremamente forte", diz.
Adélio cita outros dois
medicamentos que teria tomado e afirma que, no momento, não faz uso regular de
nenhum remédio. "Já um bom tempo
que eu não visito médico não", afirma.
Desde sábado (8), Adélio
Bispo de Oliveira está preso preventivamente no presídio federal de Campo
Grande (MS). Ele foi indiciado pela Polícia Federal por atentado pessoal por
inconformismo político.
Segundo o G1, na segunda-feira (10), a defesa do
agressor fez um pedido na Justiça Federal de Juiz de Fora para que Adélio passe
por uma avaliação de sanidade mental.
Blog:
O Povo com a Notícia
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