O coronel do Exército
Carlos Alves em vídeo
A procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, enviou solicitação ao ministro da Segurança Pública,
Raul Jungmann, nesta 3ª feira (23.out.2018), para a instauração de inquérito
policial com a finalidade de apurar a conduta do coronel do Exército Carlos Alves em vídeo que repercutiu nas redes sociais.
No vídeo, o coronel fez
ofensas à presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber,
e a outros ministros da Corte Eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Além disso, fez ameaças para caso sejam aceitas as ações contra o candidato a
presidente Jair Bolsonaro (PSL), por caixa 2 e abuso de poder econômico.
No requerimento (eis a
íntegra), Raquel Dodge afirma que a manifestação feita no vídeo, que tem a
duração de 28m59s, “contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber,
imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de
difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos”.
A procuradora-geral afirma
ainda que, além de graves acusações aos integrantes do TSE e do STF, há manifestações
que podem ser consideradas crime contra a honra do ministro Ricardo
Lewandowski,“mediante falsa imputação de conduta criminosa e de fato ofensivo à
sua reputação”. Segundo ela, eventuais ofensas a outros integrantes da Corte
também deverão ser objeto de análise a partir da transcrição integral do vídeo.
Dodge defende que o
inquérito investigue inicialmente, os crimes de calúnia, difamação, injúria e
ameaça. A PGR solicitou, ainda, a identificação, qualificação e oitiva do autor
do vídeo.
Por fim, ainda cita que a
2ª Turma do STF aprovou, por unanimidade, representação para adoção das
providências cabíveis, na esfera criminal.
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