
Aumento
do ICMS de 12% para 14% proposto pelo Governo do Estado deixa Pernambuco em
desvantagem
Proposto pelo governo
Paulo Câmara, o Projeto de Lei 2097/2018 aumenta o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) de uma série de produtos.
Entre eles, os automóveis
acima de R$ 50 mil, que vão ter o imposto reajustado de 12% para 14%. Com isso,
Pernambuco pode passar a ter o carro mais caro do Brasil, já que em todo o país
o ICMS é de 12% para automóveis acima de R$ 50 mil.
De acordo com o diretor da
Fenabrave-PE, Marcony Mendonça, aproximadamente 70% dos carros vendidos no
estado estão nesta faixa, já que o valor de referência é o preço de tabela.
“Quem
paga imposto é a pessoa que compra. A empresa só recolhe o ICMS e repassa para
o Estado. Quem será penalizado pelo aumento proposto pelo governo é o consumidor,
o cidadão”, lamenta.
A Fenabrave alerta que as
concessionárias que ficam em cidades que fazem fronteiras com outros estados
devem ter as vendas afetadas fortemente.
O que, paradoxalmente,
pode prejudicar a arrecadação do Governo do Estado. Com o aumento no ICMS, os
automóveis na faixa de R$ 50 mil ficarão automaticamente cerca de R$ 1 mil mais
caros em Pernambuco do que nos estados vizinhos.
“Para quem mora em cidades
como Petrolina vai ser mais vantajoso comprar em Juazeiro/BA. Em tempos de
crise, qualquer valor faz diferença”, diz o diretor.
Fenabrave
A Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave é a entidade representativa do
setor de Distribuição de Veículos no Brasil. A entidade reúne 51 Associações de
Marcas de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos
rodoviários, tratores, máquinas agrícolas e motocicletas.
São cerca de 7,4 mil
distribuidores de veículos nacionais e importados, com 305 mil colaboradores
diretos, que geraram em 2016 uma receita anual correspondendo a 3,5% do Produto
Interno Bruto – PIB do País.
Por Edna
Nunes
(81)
98739-2500
Nenhum comentário:
Postar um comentário