No tempo em que tudo era
mais difícil, atrasado, onde a maneira mais barata para se comunicar com um
parente distante era as cartas enviadas pelos Correios, que passavam até trinta
dias para chegar ao seu destino; não se sabia o que era internet, celular nem
se falava, Facebook e WhatsApp não existiam, então o prefeito de Santa
Terezinha na época conseguiu uma grande obra para a cidade, revolucionando as
telecomunicações na área do município no começo dos anos 80.
Em um cenário econômico e
social muito difícil que afetava principalmente os mais pobres; a duras penas,
foi conseguida uma torre de transmissão e instalação de linhas telefônicas para
a cidade - Telecomunicações de Pernambuco, a antiga TELPE; uma obra considerada
até hoje como uma das mais importantes daquele tempo.
Aparelho de telefone da
época.
No dia 30.01.1982 o
governador do estado Marco Maciel veio a Santa Terezinha inaugurar a importante
obra, juntamente com outra, o Banco BANDEPE, que funcionava no prédio onde hoje
está o Banco do Brasil.
De acordo com moradores
daquele tempo, a primeira pessoa a usar a linha telefônica foi Diones Costa,
que falou com sua família em Porto Paranaguá. Marco Maciel também falou com
eles.
O prédio com a torre
passou anos servindo aos moradores de Santa Terezinha até que a antena foi
desativada, pois se ergueu uma nova, mais alta e com equipamentos mais
potentes.
A prefeitura construiu
duas muradas próximo a antiga torre para abrigar os animais apreendidos pelas
ruas da cidade, que crescia constantemente e devido a massa de moradores que
residiam nas proximidades, o lugar que servia de curral para os bichos, foi
desativado.
Sobre a torre, ela passou
anos sem uso, até que serviu para a instalação do equipamento do 1º servidor de
internet da cidade, a SpeedLink. Depois acolheu no predinho ao lado uma
sapataria. A prefeitura leiloou onde ficava a torre e as muradas próximas, hoje
tudo isso pertence a um terceiro, e como tudo nessa vida se transforma, a torre
veio à baixo, foi derrubada para dá lugar a um outro projeto.
“Lamentamos
que um patrimônio histórico da comunicação nos anos 80, seja desprezado e desaparecendo
aos poucos, deveria
ser conservado para que as futuras gerações, estudantes das escolas municipais e estaduais, não só tivesse a historia contada na leitura dos livros, mais que
a estrutura física, pudesse ser conservada”.
Assina:
Jornalista Vanderlei S. Miron DRT/5970
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