
Eis a verdadeira
historia... Onde, como e quando tudo começou...
Fonte: Sandro Adonai
Fonte: Sandro Adonai


O
jornalista independente Chen Qiushi produziu vídeos sobre a epidemia do
coronavírus Covid19 em Wuhan e está desaparecido desde 6 de fevereiro
Texto
por: Daniella
Franco
Ele chegou a
Wuhan, epicentro das contaminações do coronavírus Covid-19, no final de
janeiro. Com um smartphone e um cabo de selfie, o jornalista independente e
advogado Chen Qiushi percorria a cidade incansavelmente, produzindo vídeos
sobre a catástrofe sanitária na China. Mas, desde 6 de fevereiro, ele deixou de
contatar a família, que busca, desesperada, por notícias.
Em um de seus últimos
vídeos publicados no WeChat, principal rede social da China, Chen Qiushi
conversa com a câmera com uma expressão abatida. "Tenho medo. Diante de
mim, há o vírus. Atrás de mim, o governo da China", diz. O jornalista
independente de 34 anos registrou e divulgou a situação alarmante em hospitais,
funerárias, supermercados, conversou com as famílias das vítimas e voluntários.
Chen Qiushi mostrou aos
chineses a catástrofe sanitária que o governo chinês tentou minimizar desde
dezembro, quando os primeiros casos do coronavírus Covid-19 foram registrados.
"Faltam máscaras, roupas para a proteção, material médico e sobretudo - o
mais importante - faltam kits de diagnóstico. Sem isso é impossível verificar
que você está doente. A única coisa que você pode fazer é se colocar em
quarentena por conta própria", afirma em outro vídeo.
Desde 6 de fevereiro, o
jornalista desapareceu. Familiares que têm acesso a sua conta no Twitter
publicaram um vídeo em que a mãe de Chen Qiushi faz um apelo por ajuda.
"Essa noite Qiushi disse que iria ao Hospital Fang Cang. Mas desde das
19h/20h não consegui mais contatá-lo. Estou aqui para implorar que vocês me
ajudem a encontrar Qiushi", afirma.
Horas depois, a mãe do
jornalista foi informada pela polícia que ele havia sido colocado em
quarentena. No entanto, para outros blogueiros e amigos de Chen Qiushi, há
grandes possibilidades de que ele tenha sido preso por divulgar informações não
autorizadas pelo governo chinês.
Jornalistas
estrangeiros ameaçados
Como Chen Qiushi, vários
jornalistas estrangeiros que trabalham na cobertura da crise do coronavírus
Covid-19 em Wuhan foram ameaçados de serem colocados em quarentena. Eles dizem
que as autoridades locais lhes ofereciam duas opções: o isolamento em um
hospital chinês ou a volta a Pequim ou Xangai de avião.
O próprio Chen Qiushi
afirma em um de seus vídeos que sua família estava recebendo ameaças por parte
da polícia chinesa. Logo que começou a publicar suas reportagens de Wuhan no
WeChat, sua conta foi suspensa. Mais tarde, a censura também passou a bloquear
os perfis de quem compartilhasse seus vídeos ou simplesmente mencionasse o nome
do jornalista.
Revolta
após a morte de médico

“Uma
sociedade para ser saudável, não pode ter apenas uma única só voz”. Médico DR.
Li Wenliang
A censura foi reforçada
nas redes sociais da China após a morte do médico Li Wenliang, o primeiro a
alertar sobre a gravidade do coronavírus Covid-19. Segundo informações
oficiais, ele morreu após ter contraído a doença de um paciente. O
oftalmologista chegou a ser preso pela polícia que o acusou de propagar boatos
sobre a epidemia junto com outras setes pessoas.
A morte de Li Wenliang
gerou uma forte revolta no país. Na rede social Weibo, milhões de chineses
exigiram liberdade de expressão. "Queremos o pedido de desculpas da parte
do governo e da polícia de Wuhan", afirmavam publicações que foram pouco a
pouco sendo apagadas pela censura.
Uma petição foi aberta por
um grupo de universitários chineses pedindo explicações urgentes sobre o
desaparecimento de Chen Qiushi. Centenas de pessoas já assinaram o documento.
"Não queremos um novo caso como o de Li Wenliang", escreveu um dos
signatários.
Jornalismo
Investigativo;
”Médico
DR. Li Wenliang e o jornalista independente Chen Qiushi, a morte de vocês e vários chineses inocentes não
vão ficar impunes, o os seus representantes serão punidos pela irresponsabilidade de serem negligentes,
e causadores de milhares de mortes, e prejuízos econômicos.”

"Assim esperamos que a corte internacional EUA juntamente com outros Estados, puna o presidente da China Xi
Jinping e seus ministros, com perca de mandatos é prisão perpetua."
Assina:
Vanderlei S. Miron
Jornalista
DRT/5970
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