A Polícia Civil indiciou o
médico-cirurgião que fez uma lipoaspiração na digital influencer Liliane
Amorim, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Liliane, que tinha 26 anos,
morreu dias após o procedimento cirúrgico, ao sofrer complicações. O crime
culposo ocorre quando não há intenção de praticar o ato.
Em nota, a defesa do
médico Benjamin Alencar, que fez a cirurgia, afirma ele "nega de maneira
veemente que tenha agido com imprudência ou negligência na condução do caso, o
que ficará demonstrado no decorrer da apuração dos fatos".
O delegado Luiz Eduardo da
Costa, responsável pela investigação do caso, afirma que houve "falta de
cuidados e cautelas", o que agravou o quadro de saúde de Liliane após a
lipoaspiração.
“Com tudo o que foi
investigado e todos os elementos colhidos no curso das investigações, ficou
evidente que se trata da possibilidade de um homicídio culposo, onde o médico
não previa o risco de produzir o resultado. Contudo, por falta de cuidados e
cautelas, teria causado o resultado grave”, frisou Luiz Eduardo.
Liliane Amorim morreu em
24 de janeiro, 15 dias após passar pela lipoaspiração. Após a cirurgia, ela
relatou sofrer mal-estar, dificuldade para se alimentar e dores na região do
abdômen. Ela foi internada em 15 de janeiro por complicações da cirurgia,
conforme o inquérito da Polícia Civil.
Natural de Afogados da
Ingazeira (PE), a digital influencer publicava conteúdos relativos a viagens,
saúde e beleza em suas redes sociais, que reúnem mais de 260 mil seguidores.
Imprudência
e imperícia
Conforme o delegado
responsável pela investigação, houve imprudência e imperícia por parte do
médico responsável. O policial afirma que a alta médica dela do hospital foi
"prematura"
"Ficaram muito claras
a imprudência e a negligência por parte do médico. A imprudência demonstrada
quando ocorreu a alta médica de Liliane, ainda com muitos sintomas e dores.
Segundo depoimentos, a vítima chegou a sair do hospital de cadeira de rodas.
Entendemos, desta forma, que houve uma alta prematura, pois o médico foi
consultado quanto à permanência dela no hospital", disse.
A negligência, conforme o
delegado, ocorreu enquanto a paciente estava em casa, sem assistência.
"Porque não houve assistência necessária à paciente, que se queixava de
diversos sintomas, além de não conseguir se alimentar ou dormir, e o médico se
encontrava fora da cidade." (G1)
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