A Polícia Civil da Paraíba
– através da 3ª Superintendência Regional de Polícia Civil e 15ª Delegacia
Seccional de Polícia Civil, ambas sediadas em Patos – deflagrou a “OPERAÇÃO
FIANZA” cuja finalidade é dar cumprimento a mandado de prisão preventiva e
mandados de busca e apreensão expedidos pela Comarca de Teixeira.
Segundo informações, um
dos delegados de polícia atuantes em Teixeira costumava cobrar vantagem
indevida e apropriar-se de bens apreendidos quando da lavratura de autos de
prisão em flagrante. De outro giro, também se constatou que dois advogados
atuantes em Teixeira participaram de negociações espúrias com o delegado, tendo
ambos oferecido dinheiro ao delegado para que seus clientes fossem
beneficiados. A investigação, que durou aproximadamente três meses, constatou a
prática dos crimes, o que culminou com a expedição de mandado de prisão contra
o delegado e decretação de medidas cautelares diversas da prisão contra os
advogados, além da expedição de mandados de busca e apreensão para as suas
residências e para as residências das pessoas beneficiadas pelos crimes.
O delegado – cuja
identidade não será revelada por causa do segredo de justiça imposto ao
processo – abordava os presos, parentes e advogados para que lhe pagassem algum
valor indevido com o fito de baixar o valor a ser pago a título de fiança, o
que configura o crime de corrupção passiva.
O Delegado Cristiano
Jacques – Superintendente Regional de Polícia Civil – disse que o trabalho em
conjunto com o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do MPPB (GAECO) e
o apoio incondicional de órgãos como o Instituto de Polícia Científica e
Polícia Militar da Paraíba foram cruciais para o êxito da investigação.
O Delegado Yuri Givago – Delegado
Seccional de Patos – relatou que a operação de campo contou com policiais da
Delegacia de Homicídio e Entorpecentes de Patos, Delegacia de Repressão ao
Crime Organizado e Grupo de Operações Especiais, tendo sido cumpridas todas as
ordens emitidas pela justiça. Acrescentou que o delegado será custodiado na
Central de Polícia de João Pessoa, à disposição da justiça.
O Delegado André Rabelo –
Delegado Geral de Polícia Civil – indicou que essa é uma marca da nova gestão
da Polícia Civil: atuação firme contra crimes funcionais e atuação com os
órgãos parceiros para a consecução dos objetivos. Ressaltou que é intolerável
que servidores públicos detentores de parcela do poder estatal se corrompam e
subvertam o sistema de justiça criminal, além da participação de advogados em
crimes dessa natureza (que tanto ferem direitos fundamentais e a própria
democracia).
Mais informações sobre a
operação serão prestadas em entrevista coletiva, após o término de todas as
diligências.
Fonte:http://www.blogdopereira.net/2021/12/delegado-e-preso-em-teixeira-pb.html
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