O presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, declarou na noite de terça-feira (1/3) que o presidente
russo, Vladimir Putin, cometeu um "erro de cálculo" ao invadir a
Ucrânia e afirmou que a "liberdade" venceria a "tirania".
Ao falar ao Congresso
americano em seu primeiro discurso do Estado da União, Biden dedicou os primeiros
minutos à guerra na Europa.
O presidente destacou os
bilhões de dólares em sanções que estão sendo impostas à Rússia e anunciou que
os Estados Unidos fechariam seu espaço aéreo a aeronaves russas, a exemplo do
que fizeram União Europeia e Canadá nos últimos dias.
O presidente foi enfático
ao se referir a Putin.
"Ao longo de nossa
história, aprendemos esta lição - quando os ditadores não pagam um preço por
sua agressão, geram mais caos. Continuam se movendo. E os custos e ameaças para
os Estados Unidos e para o mundo continuam aumentando", afirmou.
"A guerra de Putin
foi premeditada, e não provocada. Ele rejeitou repetidamente os esforços de
diplomacia. Pensou que o Ocidente e a Otan [Organização do Tratado do Atlântico
Norte, aliança militar da qual os Estados Unidos fazem parte] não responderiam.
E pensou que poderia nos dividir em casa. Putin estava errado. Estávamos
prontos."
Ele apontou o presidente
russo como responsável pela invasão da Ucrânia e destacou que Putin
"continuaria a pagar um preço alto no longo prazo", junto a oligarcas
russos e outros políticos corruptos que "roubaram bilhões de dólares desse
regime violento".
Estados Unidos e União
Europeia já divulgaram listas de oligarcas contra os quais introduziram
sanções.
Biden foi aplaudido quando
afirmou que Putin estaria "mais isolado do mundo do que nunca" neste
momento.
O democrata mencionou o
presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com quem conversou por telefone na
tarde de hoje, e elogiou a resiliência do povo ucraniano - pedindo que os
presentes se levantassem para mandar "um sinal inequívoco ao mundo".
A embaixadora da Ucrânia
nos Estados Unidos, Oksana Markarova, presente no auditório, foi aplaudida de
pé.
O presidente americano
frisou que as forças do país não entrariam no conflito, situação que poderia
mudar, segundo ele, caso Putin fosse além da Ucrânia e atacasse outros países
do Leste Europeu que são membros da Otan.
Conforme o artigo 5º da Otan, os participantes da aliança se comprometem a defender qualquer membro que esteja sob ataque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário