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quinta-feira, 14 de março de 2024

Preço da gasolina dispara e chega a quase R$ 6,00 no Recife

O preço da gasolina vem aumentando desde o início da semana no Recife. Em vários postos espalhados pela cidade, o valor do litro do combustível subiu cerca de R$ 0,40, e já é encontrado nas bombas a quase R$ 6,00. Para o consumidor, fica a pergunta: o que aconteceu para essa alta tão repentina? A resposta está na inflação e, acredite, na guerra da Rússia contra a Ucrânia.

“O que a gente tem é basicamente um repasse da questão inflacionária, que acumulou ao longo de fevereiro para agora, impactando no reajuste de alguns contratos de compra e vendas de combustível das empresas com as distribuidoras, que é repassado ao consumidor final”, explica Tiago Monteiro, analista de cenários econômicos.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, a gasolina subiu 2,93% em fevereiro. A alta ocorreu devido ao aumento da cobrança do ICMS, que passou a ter valor unificado em todo o território nacional, de R$ 0,22 por litro.

Além da questão inflacionária, o preço internacional do barril de petróleo também impacta nos preços. “Existem alguns postos que, de maneira arbitrária, podem já estar precificando o aumento do combustível, porque lá fora a gente viu, por exemplo, de terça para quarta-feira o ataque às refinarias russas pelos ucranianos, que fizeram o preço do barril de petróleo internacional disparar mais ou menos 2%. Ou seja, a gente tem basicamente um repasse inflacionário e uma especulação de aumento do preço do petróleo por conta dessa queda de oferta internacional”, completa Monteiro.

Para o economista Sandro Prado, a questão internacional não deveria estar sendo usada como justificativa para o reajuste dos preços. Isso porque, diz ele, não houve qualquer sinalização da Petrobras que haveria aumento do preço do combustível internamente nas refinarias. “Estamos com uma grande oferta no mercado internacional, o (barril) do petróleo está sendo comercializado a cerca de 82 dólares, que é um valor bem baixo comparado ao que nós tínhamos há pouco tempo atrás. Ou seja, não há pressão internacional para a Petrobras aumentar o preço internamente dos combustíveis. Não é justificável esse aumento de preços aqui na Região Metropolitana”, avalia.

A mesma análise é compartilhada pelo economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima. “Mesmo que se tenha uma defasagem em relação ao preço interno da gasolina com o preço do exterior, a Petrobras não está repassando essa diferença de preço internacional para o preço nacional. Os vendedores de gasolina estão fazem essa antecipação de aumento de preço”.

Presidente do Sindcombustíveis-PE, Alfredo Pinheiro justifica a recente alta como sendo apenas “uma movimentação comum do setor”. “O mercado é livre, cada um pratica o preço que achar que é conveniente ou que pague suas conta. O mais prudente é que a gente espere para olhar o comportamento dos preços durante as próximas semanas”, disse.


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