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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Raquel quer esmagar o bolsonarismo

Depois de se abraçar com a família Ferreira, braço do bolsonarismo em Pernambuco, no start da sua gestão, abrindo importantes espaços de poder, como a pasta da Educação e o Detran, a governadora Raquel Lyra (PSDB) dá demonstrações de arrependimento e atua agora para varrer do seu governo a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Tudo leva a crer que se trata de uma estratégia para se aproximar, efetivamente, do presidente Lula. Os espaços do PL, partido bolsonarista, presidido no Estado pelo ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, tendem a ser ocupados pelo PP, do deputado federal Eduardo da Fonte, partido que está na base de sustentação do Governo Lula no Congresso.

A governadora deu mais uma demonstração, ontem, de que deseja aniquilar o PL, ao interferir nas eleições em Olinda. Falou com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a quem entregou uma pasta em seu governo, para rifar o pré-candidato do partido no município, Manoel Sátiro, e apoiar a candidata do prefeito Lupércio, Mirela Almeida (PSD).

Em Olinda, a candidata mais prejudicada com essa intervenção da governadora foi Izabel Urquiza, do PL, que esperava contar com o apoio do PDT. Filha da ex-prefeita Jacilda Urquiza, Isabel tenta, pela terceira vez, chegar a governar o município, depois de se revelar, nas eleições passadas, uma candidata competitiva, prejudicada por outros fatores que fugiram ao seu controle.

Os bolsonaristas não entendem as razões de tamanha ira da governadora com os aliados de Bolsonaro que estiveram com ela no segundo turno das eleições de 2022. Até porque calculam que os votos dos eleitores afinados com o ex-presidente foram decisivos para a vitória dela no segundo turno, quando ficou em cima do muro, não assumindo nenhum dos lados – nem de Lula nem de Bolsonaro.

Se pudesse, a tucana, na verdade, também guerrearia em Caruaru, convencendo o mesmo Lupi a fritar a pré-candidatura de José Queiroz a prefeito, levando o PDT para a aliança em torno da reeleição do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB). Equação impossível, tudo porque Queiroz é um militante histórico do partido, mas a governadora acha que pode tudo. E que faz a cabeça de Lupi com muita facilidade.

Tonca desapontado – Também de olho na Prefeitura de Olinda, o advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, teria ouvido da governadora a promessa da sua interferência, junto ao presidente Carlos Lupi, para levar o PDT a apoiar seu projeto de disputar a Prefeitura da Marim dos Caetés.  “Mas a palavra dela nunca foi cumprida”, chegou a desabafar Tonca, como é mais conhecido. Se tivesse sido alertado que a governadora é conhecida como Raquel Mandacaru (não dá sombra nem encosto a ninguém), o advogado não estaria hoje tão desapontado.

Fonte: Blog do Magno Martins 


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