Após mais de uma década, a Justiça condenou o governo de Pernambuco a pagar uma indenização de R$ 100 mil por danos morais e de um terço do salário mínimo mensal por danos materiais aos pais de um adolescente de 16 anos morto com um tiro de fuzil ao tentar fugir de uma abordagem policial no município de Escada, na Mata Sul. O Estado deve recorrer da sentença.
O caso é referente à morte de Marcelo Lauriano Gomes Filho, ocorrida na noite de 16 de junho de 2015. Segundo as investigações, o adolescente sem habilitação dirigia o veículo do pai, acompanhado do irmão e de dois amigos.
Era perto das 23h, quando o grupo parou o carro para conversar com um casal de amigos que estava em outro automóvel próximo à Avenida Comendador José Pereira.
A viatura do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (antiga Ciosac) passou pelo local e houve a ordem para que todos saíssem dos carros.
Com receio de ter o veículo apreendido, Marcelo decidiu fazer uma manobra e acabou atingido pelo tiro na cabeça.
Na investigação, o sargento Miguel Furtado de Souza, autor do tiro, alegou que escorregou e que o disparo foi acidental.
A versão foi contestada pelas testemunhas, que contaram ter pedido para que ele não atirasse.
Nenhuma arma foi encontrada com os ocupantes dos carros.
O militar foi denunciado à Justiça por homicídio qualificado. Dez anos depois, esse processo criminal ainda está em tramitação, sem previsão de julgamento.
Foto: Acervo Pessoal
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