
Viviane Vasconcelos, coordenadora de enfermagem do HR Emília Câmara, veio em nome da Direção da Unidade ao Programa Rádio Vivo, responder sobre denúncias das quais a unidade foi alvo nos últimos dias, especialmente de falta de ambulâncias para transporte de pacientes graves a outras unidades. A Diretora Karla Freitas mais uma vez não se pronunciou. Leia trechos do que disse Viviane ao comunicador Anchieta Santos:
POLÍTICA NAS INDICAÇÕES NO HR (VIVIANE É ESPOSA DO VEREADOR VICENTINHO)
POLÍTICA NAS INDICAÇÕES NO HR (VIVIANE É ESPOSA DO VEREADOR VICENTINHO)
Na verdade, realmente ele (Vicente Zuza, o Vicentinho) é me esposo. Mas hoje a Direção do HR é técnica. Apesar de ser esposa de um político, sou profissional. Procuramos analisar currículos tecnicamente. Prova disso é que temos vários profissionais na área de enfermagem e outros de cidades vizinhas. Também temos adversários do ponto de vista político, mas que são bons profissionais. Vou me ausentar em abril e uma enfermeira de Carnaíba vai assumir.
NEGATIVA DE LIBERAÇÃO DE AMBULÂNCIA PARA JOVEM DE 15 ANOS VÍTIMA DE INFARTO.
Temos a ficha do paciente à disposição. Deu entrada dia 25 de fevereiro as 18h41, atendido por Drs Murilo e Hugo com uma solicitação de transferência para o Hospital do Servidor. Tinha histórico de falta de ar, cansaço e dificuldade para respirar. Foi atendido e a hipótese diagnóstica era de infecção respiratória, não de infarto. Em todos os exames não houve alterações. O médico disse que ele poderia ser tratado no Emília Câmara mas a família queria levá-lo para o Recife. Nesse caso a Direção não tem como intervir. O médico plantonista é que avalia se o paciente deve ser transferido ou não. Não estou dizendo que a médica que encaminhou estava errada. Apenas que o médico que atendeu disse que havia condições de tratamento aqui. E como não havia indicação de transferência, nós não podíamos liberar a ambulãncia, que poderia atender outros casos.
CASO DE SEVERINA DA CONCEIÇÃO, QUE MORREU DE AVC HEMORRÁGICO E NÃO TEVE DIREITO A AMBULÂNCIA COM UTI PARA SER TRANSFERIDA
Em nome da Direção, ofereço nossos sentimentos à família. Ela (a ambulância) não foi cedida porque estava indo para Serra Talhada para remoção de Maria José Queiroz Rodrigues, 63 anos, que mora ao lado da secretaria de Transportes. Ela é esposa de um ex funcionário da Compesa. Saiu às 13h45, acompanhada por Dr Rafael. Ela foi para UTI do Hospital São Vicente. Não havia disponibilidade de UTI no estado. Conseguimos uma senha de espera para a Restauração, que dá direito de você aguardar. Não garante atendimento imediato. Para conseguir a vaga para Maria José Queiroz, Dra Karla Freitas manteve contato com o Dr Clóvis Carvalho por amizade.
A ambulância voltou às 16h35, quando tivemos a notícia do óbito da senhora. O mais interessante é que essa paciente estava com graves complicações, estava internada na Casa de Saúde e a Casa de Saúde resolveu não manter a paciente, porque diz que pacientes SUS não ficam mais de três dias lá. Simplesmente mandaram a paciente (Maria José Queiroz) para o Regional sem conhecimento da família. Tiramos um paciente da clínica médica para outra ala para atender esta paciente. A instituição solicitante tem que garantir que vai acompanhar o paciente.
“PROCURE O SAMU”
De fato e infelizmente não temos SAMU na região. Houve erro de interpretação da informação. O que a Diretora informou foi que podia ser feita a solicitação da central de regulação do SAMU que existe a nível estadual. Poderia ser liberado transporte aéreo, no caso um helicóptero. A informação foi essa. Tivemos um caso de desidratação grave de uma criança de um ano e três meses e o SAMU liberou o helicóptero para pegar a criança aqui.
“CASA DE SAÚDE TEM QUE TRANSFERIR”
Há uma norma para transferências aqui. E a portaria 2048 do Ministério da Saúde que define que, nos casos de transferências do setor privado, o serviço ou solicitante se responsabiliza pelo transporte. Unidade de saúde privada tem que ter ambulância. Existem regras que ela tem que cumprir. Ela tem obrigação quando assinou contrato para garantir assistência para pacientes da rede complementar. Do jeito que está, nós é que estamos sendo rede complementar da Casa de Saúde.
Informações são de Nill Júnio
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