
A paralisação dos caminhões distribuidores de combustível já causa desabastecimento na cidade de São Paulo. Os caminhoneiros ligados ao Sindicam-SP (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo) protestam desde segunda-feira contra a a proibição de circular na marginal Tietê –medida implantada em dezembro do ano passado, mas apenas com caráter educativo, quando a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começou a multar os infratores.
Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Claudinei Pelegrini, os transportadores não têm condições de arcar com o aumento de custos com a mudança de percurso.
Com as interdições, a associação disse que um caminhão que vai de Barueri (SP) para São Paulo, que hoje percorre 32 quilômetros (km), passaria a rodar 143 km. “Quem vai acabar pagando a diferença desse custo é o consumidor final. É combustível a mais, pedágio a mais, horas de trabalho a mais para os caminhoneiros”, enumera Pelegrini.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto de Paiva Gouveia, com a paralisação os postos da cidade não receberam “uma gota de combustível” nesta terça-feira. Ele estima que, se o movimento for normal, os estoques durem até quarta-feira.
Gouveia disse que vai encaminhar um ofício à prefeitura pedindo a volta das negociações com os caminhoneiros. “Não estamos pedindo nem a solução, porque não é problema que nós possamos resolver. Mas que eles pelo menos voltem à mesa de negociação”.
Combustível
Um funcionário de um posto de gasolina na avenida Prof. Francisco Morato, no Butantã, na zona oeste de São Paulo, relatou a falta de combustível. “O último abastecimento foi no sábado. Estamos sem gasolina especial desde segunda-feira à tarde. Está acabando a gasolina comum e até meio-dia acaba o álcool”, afirmou Humberto Fialho. “Se até quarta não normalizar, nenhum posto em SP vai ter combustível.”
Gerentes e proprietários de postos de combustíveis afirmam que estão sem informações sobre a volta do abastecimento. O gerente de um posto na zona oeste de São Paulo, Luís Augusto Corbisier, previa ficar sem combustível na tarde de hoje. “Vou ficar completamente esgotado.” Ele estima já ter prejuízo de cerca de R$ 6.000 a R$ 7.000.
O presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto de Paiva Gouveia, foi procurado para comentar a paralisação nos postos de combustível, mas ainda não retornou as ligações da reportagem. Ontem, Gouveia afirmou que os postos da cidade não receberam “uma gota de combustível”. Ele estimou que, se o movimento for mantido, os estoques durarão apenas até quarta-feira.
Fonte: Correio do Brasil, com agências - de São Paulo Siga-nos pelo twitter: @atibaianews
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