A polícia do Rio Grande do Sul conseguiu libertar os sete reféns do
assalto a uma fábrica de joias no município de Cotiporã, na serra
gaúcha, a 150 km de Porto Alegre. O resgate das vítimas teria ocorrido
por volta das 23h deste domingo e todos estão bem. Ainda não há notícias
sobre o paradeiro dos bandidos. As informações são do QG da polícia
instalado no município.
O comandante da operação, o capitão da Brigada Militar
Juliano Almeida disse que os reféns foram abandonados na mata logo após o
ataque, e foram orientados a não fazer barulho, para que os bandidos
pudessem fugir. Segundo a polícia, pelo menos dois assaltantes eram os
responsáveis pelos reféns. .
A prioridade da ação policial era resgatar as vítimas com
vida, orientação dada inclusive pelo governador do Estado, Tarso Genro,
em entrevista no final da manhã deste domingo.
Buscas aos assaltantes
Os criminosos ainda não foram encontrados e a polícia do
Estado afirmou que seguirão com as buscas. A operação seguiria durante a
madrugada e na segunda-feira, inclusive com as barreiras nas
estradas. A avaliação é de que os bandidos estejam sem carro e sem
condições de se deslocar na mata da região, o que pode facilitar o
trabalho policial.
O crime contra a fábrica ocorreu às 2h da madrugada de
ontem. Ao serem flagrados pela Polícia Militar, a quadrilha fugiu para
um matagal com os reféns, utilizados como escudo humano. Outros reféns
foram libertados durante a ação da polícia, mas os bandidos invadiram
uma casa e renderram outras sete pessoas de uma mesma família, incluindo
uma criança.
Houve confronto com a polícia durante a fuga, foram
mortos três assaltantes. Entre os mortos, está o foragido número um do
Estado, Elisandro Falcão.
Já identificados
A Brigada Militar do RS já identificou os nomes dos
criminosos que estão foragidos. De acordo com o coronel Altair de
Freitas Cunha, subcomandante da Brigada, os assaltantes fugiram no
sábado de um presídio onde cumpriam pena em regime semiaberto. Os nomes
não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
“São três ou quatro homens, todos fugitivos do
semiaberto. Um deles é irmão de um dos mortos”, disse o coronel. Segundo
ele, mais de 100 homens da Brigada vasculham a região do matagal
próximo à fábrica assaltada com ajuda de um barco e um helicóptero. Até
agora não foi encontrado nenhum sinal da presença dos fugitivos.
*com reportagem de Ricardo Galhardo e AE
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