
A espera por decisão do Congresso provavelmente deve atrasar a ação norte-americana por pelo menos 10 dias.
Obama, em um discurso feito na Casa Branca, disse que havia autorizado o uso de força militar para punir a Síria por conta de um ataque com armas químicas realizado em 21 de agosto.
Segundo autoridades dos EUA, o ataque com armas químicas
matou 1.429 pessoas.
Recursos militares para a realização de um ataque estão
posicionados e prontos para avançar sob sua ordem, disse ele.
No entanto, em um reconhecimento a protestos de legisladores
dos EUA e preocupações do povo norte-americano cansados de guerras, Obama
acrescentou uma importante ressalva: ele quer que o Congresso aprove.
O Congresso está em recesso e não está programado para
retornar ao trabalho até 9 de setembro.
"Hoje eu estou pedindo ao Congresso que mande uma
mensagem ao mundo de que nós estamos prontos para agir como uma nação",
disse Obama.

"Já há muito tempo eu acredito que nosso poder está
enraizado não apenas na nossa força militar, mas no nosso exemplo como um
governo do povo, pelo povo e para o povo", disse Obama.
Sua decisão também representou uma mudança significativa em
comparação com o que se esperava ser um ataque iminente contra alvos sírios. O
presidente havia se preparado para agir unilateralmente após o parlamento
britânico recusar-se a se juntar aos planos norte-americanos.
Guerras prolongadas e dispendiosas no Afeganistão e no
Iraque deixaram o povo norte-americano relutante sobre se envolver em conflitos
no Oriente Médio.
A maior parte dos americanos não quer que os Estados Unidos
intervenha na Síria. Uma pesquisa Reuters/Ipsos feita nesta semana mostrou que
apenas 20 por cento acreditam que os EUA devem agir. O número, no entanto, está
acima dos 9 por cento observados na semana passada.
Obama tem amplos poderes legais para tomar uma ação militar,
e reforçou que sentia ter a autoridade para lançar um ataque por sua própria
iniciativa. Mas ele disse que queria que Congresso expressasse sua vontade.
(Por Roberta Rampton)
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