Por
Adriana Fernandes e Renata Veríssimo*
O governo prevê que a
economia brasileira ainda vai patinar no ano que vem. Ela sairá de um
crescimento de 0,5% em 2014 para 0,8% em 2015, conforme proposta de atualização
dos parâmetros macroeconômicos para os próximos três anos encaminhada nesta
quinta-feira, 4, ao Congresso Nacional. Para 2016, o governo estima uma
expansão do PIB de 2%, seguida por um crescimento de 2,3% em 2017.
A projeção anterior,
divulgada em novembro no relatório de receitas e despesas do Planejamento, era
de expansão da economia de 2% em 2015. Tal previsão já representava uma
redução, pois a expectativa inicial era de crescimento do PIB de 3% em 2015.
Com a mudança, o governo
mostra tom mais realista aproxima suas projeções das expectativas do mercado.
Segundo a última pesquisa Focus - levantamento realizado semanalmente pelo
Banco Central com analistas de mercado - o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro
vai crescer 0,77% em 2015.
"O cenário projetado
de crescimento real do PIB para os próximos anos - juntamente com as metas de
superávit primário do setor público consolidado, equivalentes a 1,2% do PIB em
2015 e 2% do PIB em 2016 e 2017 - permite, com base nos parâmetros da economia
obtidos pelas estimativas de mercado, que a dívida bruta projetada do governo
geral e a dívida líquida do setor público iniciem uma trajetória de declínio a
partir de 2016", afirma o Planejamento.
A taxa Selic média utilizada
pelo governo para definir os parâmetros dos próximos anos é de 12,17% em 2015,
11,50% em 2016 e 10,75% em 2017. A taxa de câmbio para o final de cada ano é R$
2,67; R$ 2,71 e R$ 2,80, respectivamente.
Dívida. O governo elevou
para 64,1% do Produto Interno Bruto (PIB) a projeção de dívida bruta para 2015.
A previsão anterior, que constava no projeto de lei orçamentária, era de 56,4%
do PIB, que considerava uma superávit primário de 2% do PIB. Para 2016, a
projeção feita pelo governo é de 63,3% do PIB para a dívida pública bruta. Em 2017,
a previsão cai para 62,5%.
A estimativa para o
déficit nominal em 2015 foi fixada em 4,1%. Em 2016, o governo prevê uma queda
para 2,7% e depois para 2,5% em 2017. A atualização dos parâmetros da LDO traz
uma novidade que é para dívida líquida com reconhecimento de passivos: 37,4% em
2015, 37,4% em 2016 e 37,1% em 2017. Fonte:
Estadão
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