O Brasil se destacou em
sete dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) definidos pela ONU
para o movimento mundial de combate à pobreza, afirmou a ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Segundo ela, a
superação das propostas faz com que o Brasil seja o principal exemplo de ação
bem sucedida dos ODMs.
“O
Brasil fez uma opção de usar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio como
farol para que a gente pudesse perseguir melhor não só a melhora dos nossos
indicadores, mas das condições de vida da população”, disse nesta segunda-feira
(22), em entrevista ao programa Direto na Fonte da TV NBr.
Entre os avanços, Campello
ressaltou a redução significativa da fome. De acordo com a ministra,
atualmente, 1,7% da população brasileira enfrenta esse problema. Em 2003, o
percentual era de 10%.
“Em
menos de dez anos, nós tivemos uma trajetória muito importante. O Brasil passou
a ter acesso a esses alimentos, principalmente por ter acesso a renda. Aumento
do salário mínimo, programas como Bolsa Família, por exemplo, que garantiram
renda para essa população em situação de pobreza”.
A ministra comentou também
a redução da mortalidade infantil no Brasil, que foi “bem acima” da média
mundial. Dados do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que,
enquanto o mundo reduziu o índice em 53%, no Brasil a redução foi de 73%.
A ministra acredita que,
com a criação do programa Mais Médicos, os próximos relatórios vão trazer
resultados ainda mais positivos.
“O programa garantiu que exatamente onde a
população mais pobre está, a gente pudesse ter um médico. E hoje não tem mais
nenhum município no Brasil sem médico, e essa é uma grande vitória e nossos
indicadores vão ficar melhores ainda”, avaliou.
Entrevista a jornal
americano
O jornal The New York
Times também repercutiu o exemplo do Brasil nas políticas de redução da pobreza
em entrevista com Tereza Campello, publicada na última sexta-feira (18).
“Muitos países têm
estudado o Bolsa Família na esperança de adotar a ideia básica do programa”,
disse a ministra.
Além disso, explicou que o
programa melhora a vida de milhões de famílias pobres e contribui diretamente
para avanços significativos na educação, na saúde e na nutrição infantil do
País.
O jornal pontuou que,
desde a sua criação, em 2003, o Bolsa Família contribuiu para uma redução de
82% da população subnutrida do País.
Ainda segundo a
publicação, a oposição do governo Dilma reconhece que o programa de
transferência de renda é uma forma relativamente acessível para combater a
pobreza extrema. A ministra afirma que as críticas que o programa recebe, como
a perpetuação do desemprego e o incentivo a gastos irresponsáveis, são mitos.
Campello concedeu a
entrevista durante sua ida a Nova Iorque para participar de seminário sobre os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na ONU, que reunirão 17 boas
práticas no mundo que visam melhorar a qualidade de vida e eliminar ou reduzir
as desigualdades entre nações ricas e pobres até 2030. Os objetivos serão
formalmente aprovados durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável, que começa na nesta sexta-feira (25) com a
participação de cerca de 150 líderes mundiais.
Fonte:
Blog do Planalto*
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