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terça-feira, 16 de outubro de 2018

HADDAD ENTREGARÁ CARTA DE COMPROMISSO PARA ATRAIR EVANGÉLICOS


Fernando Haddad se reunirá nesta quarta-feira com lideranças evangélicas em São Paulo Foto: PAULO WHITAKER / REUTERS
Foto: PAULO WHITAKER / REUTERS

SÃO PAULO - Com baixa votação entre os evangélicos, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, vai apresentar nesta quarta-feira uma carta para eleitores fieis das igrejas desse segmento. No documento, o petista assumirá o compromisso de não enviar ao Congresso nenhum projeto para legalização do aborto.

De acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira, Jair Bolsonaro (PSL) tem 74% dos votos válidos entre os evangélicos contra 61% no computo geral da população. Desde a última semana do primeiro turno, uma série de líderes vem declarando apoio ao presidenciável do PSL.

Nesta quarta-feira, Haddad terá um encontro em um hotel de São Paulo com lideranças evangélicas. A carta, em que o candidato também se comprometerá em não propor a legalização das drogas , deve ser lida no encontro.

A campanha petista se queixa que adversários têm espalhado fake news para esse segmento de eleitores. Uma delas apresenta Haddad como responsável por distribuir nas escolas o chamado "kit gay" quando ministro da Educação. O material polêmico foi proposto, mas nunca chegou às escolas porque foi vetado pela Presidência. Era destinado aos alunos do ensino médio e tinha como objetivo combater a homofobia.

Na segunda-feira, o ministro Carlos Horbach, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou a suspensão de links de sites e redes sociais com a expressão usada por Bolsonaro. A campanha de Haddad avalia que historicamente o PT tem boa conexão com o eleitorado evangélico, mas nesta disputa a relação foi prejudicada por causa das fake news.

No documento, Haddad cita passagens bíblicas e diz ser vítimas de mentiras sobre sua conduta. Como resposta às mentiras, que é cristão, vem de família religiosa e que é "casado há 30 anos com a mesma mulher".

Também afirma que não enviará projeto de aprovação do aborto ao Congresso.

"Nenhum dos nossos governos encaminhou ao Congresso leis inexistentes pelas quais nos atacam: a legalização do aborto, o kit gay, a taxação de templos, a proibição de culto público, a escolha de sexo pelas crianças e outras propostas, pelas quais nos acusam desde 1989, nunca foram efetivadas em tantos anos de governo. Também não constam de meu programa de governo", afirma Haddad na "carta ao povo evangélico".

Segundo o ex-ministro Gilberto Carvalho, um dos coordenadores da campanha, haverá na reunião desta quarta-feira representantes das igrejas Batista, Presbiteriana e Assembleia de Deus, mas nenhum liderança nacional. No último parágrafo da carta aos evangélicos, Haddad diz:

"A Deus, clamo como o salmista: ´guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo.' (Salmos 25:5)”.

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