A presidente Dilma Rousseff destituiu o petista Cândido Vaccarezza (SP) da liderança do governo na Câmara. Segundo interlocutores, ela comunicou a decisão a ele na manhã desta terça-feira (13). Ontem à noite, Vaccarezza já admitia uma possível destituição do posto, mas, em conversa com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), disse que não havia sido comunicado sobre o assunto e aguardava chamado de Dilma.
A rebelião da base aliada, insatisfeita com o Palácio do Planalto, fez ontem a sua primeira vítima: o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que foi destituído. Ele dará lugar ao senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Antes de se reunir com a presidente hoje, o petista declarou que o governo não pode chamá-lo de "desleal e incompetente". "E também não pode dizer que não tenho base na Câmara."

O primeiro grave sinal de rebeldia da base foi dado na semana passada, quando Jucá teria orquestrado a rejeição do nome de Bernardo Figueiredo para diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Figueiredo foi uma indicação pessoal de Dilma.
Ontem, deputados especulavam que Vaccarezza deveria ser substituído por outro petista. Entre os nomes cotados, estão os deputados Paulo Teixeira (SP), Arlindo Chinaglia (SP) e até o ex-ministro da Pesca Luiz Sérgio.
Ontem, deputados especulavam que Vaccarezza deveria ser substituído por outro petista. Entre os nomes cotados, estão os deputados Paulo Teixeira (SP), Arlindo Chinaglia (SP) e até o ex-ministro da Pesca Luiz Sérgio.
Sobre a escolha do novo líder do Senado, o vice-presidente Michel Temer recebeu ontem no Palácio do Jaburu senadores do PMDB e o senador Gim Argello (PTB-DF) para discutir a troca na liderança do governo de Romero Jucá para Eduardo Braga. Segundo relatos, o clima foi de constrangimento pela indicação de Braga, que faz parte do chamado grupo dos 8 do PMDB.
(Folha On Line)
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