O advogado Antônio Campos,
irmão do ex-governador Eduardo Campos, já admite, segundo ele, a “real
possibilidade de sabotagem” da aeronave que levava o seu irmão e que caiu em
Santos, no litoral de São Paulo, vitimando o então presidenciável e sua equipe,
além da tripulação.
Antônio Campos informou
que foi procurado por peritos que acompanham o caso e que eles apontaram a
possibilidade de “sabotagem” que antes, de acordo com o próprio Campos, ele
“resistia a admitir”. Com base nisso, o irmão de Eduardo Campos entrou com um
requerimento para dar conhecimento às autoridades de “fortes indícios” e pedir
“rigorosa apuração” do inquérito aberto para investigar a queda do avião.
Em petição enviada à
Polícia Federal, o advogado traz à tona um elemento que pode “mudar o curso da
investigação” e “transformar o acidente em homicídio culposo ou doloso”, segundo
o documento enviado ao delegado responsável pelo caso, Rubens José Maleiner.
Esse elemento seria o
sensor de velocidade (Speed Sensor) da aeronave, que não estaria em
funcionamento durante o voo, segundo a petição de Campos.
“O Speed Sensor da aeronave
à toda evidência foi desligado, intencional ou não, sendo essa última hipótese
de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para
cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso. Tal fato é
grave e relevante na investigação da causa do acidente, podendo mudar o curso
da investigação”, diz o documento.

A petição aponta ainda que
o não funcionamento do sensor teria pego os pilotos de “surpresa” em um momento
de nova tentativa de pouso no aeroporto de Guarujá, em São Paulo, após a
primeira não ter sucesso.
“Sem o speed sensor, o
avião não poderia jamais voar a 200 knots com flaps ainda por recolher ou em
recolhimento. Acontecendo o acima descrito, a “armadilha” pegou de surpresa os
pilotos no momento em que reiniciavam subida após aproximação perdida, sobrevoo
da pista e curva à esquerda para retornar ao ponto de início de um novo
procedimento de aproximação”, registra o requerimento, que informa que o
comandante e o copiloto se “agarraram” aos manches “na tentativa de recuperar o
avião do mergulho” em direção ao solo.
“Voando baixo como
estavam, apanhados de surpresa com a PR-AFA (aeronave) mergulhando, sequer
tiveram tempo de reduzir imediatamente os dois potentes motores. O acidente
tornou-se inevitável. Na hipótese de um acidente encomendado, essa armadilha é
algo inteiramente possível para o caso”, diz a petição.
O advogado ainda acusa o
Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) de
“esconder dados” que forneceriam a informação de que os pilotos perderam o
controle da aeronave durante o novo procedimento de aproximação do aeroporto de
Guarujá.
“A negativa imperativa do
Cenipa em fornecer os dados de voo colhidos pelos motores, através do Data
Collection Unit, demonstra que o órgão pretendeu (e conseguiu) esconder dados
que esclareceriam que os pilotos perderam, literalmente, o controle do PR-AFA”,
diz o documento.
Além do encaminhamento ao
delegado Rubens Maleiner, Campos vai dar conhecimento do requerimento ao
ministro da Justiça, Torquato Jardim, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
ao Ministério Público de São Paulo e ao juiz responsável pela ação de produção
de provas do caso. Fonte: www.maistuparetama.com.br
Qual é a velocidade real
da decolagem de um avião?
Hino 44 - Sol da Justiça
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